terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Vida Conectada: Social e Virtual



 Vivemos em tempos em que o acesso às mídias sociais é imprescindível para a rotina contemporânea, com o advento dos meios tecnológicos, em especial a internet, essa interação passou a ser essencial e indispensável na sociedade pós-moderna, é possível se comunicar em segundos com pessoas do outro lado do mundo, não existe mais barreiras, as distâncias foram encurtadas. Mas toda essa agilidade é mesmo benéfica? Quais são as consequências de um mundo sem fronteiras e sem limites? São diversas teorias e pontos de vista sobre o tema, uma das mais difundidas sobre o assunto é a do sociólogo polonês Zygmunt Bauman que denominou o período atual de modernidade líquida e defende que “Vivemos em tempos líquidos. Nada é para durar.” Há também quem acredite nos efeitos positivos do mundo tecnológico já que possibilita acesso mais rápido e fácil aos vários meios de comunicação e informação.

Imagem ilustrativa

 As pessoas postam várias informações por dia que vão do seu almoço até as coisas mais sem sentido, notificações inúteis, mas servem para não cair no esquecimento já que as informações são fluídas e rapidamente esquecidas, daí surge à necessidade de estar constantemente conectadas. Por vezes a tecnologia aproxima quem tá longe e afasta quem está perto, cada um vivendo em sua redoma, e sempre preocupado em passar uma imagem para seus amigos da rede, é a notória fragilidade dos laços humanos depois das redes sociais, onde é possível fazer amigos em um clique assim como se desfazer deles, a internet tornou-se  um ambiente propício  para proliferar todo tipo de ideologia e criar personagens se utilizando da confidencialidade oferecida pela rede.

Imagem ilustrativa

 Não podemos negar a importância da tecnologia nas nossas vidas, muitos serviços foram facilitados. Podemos realizar serviços bancários, pesquisas, buscar informações e interagir com diversas pessoas de inúmeros lugares sem sair do conforto do nosso lar, sem falar na universalidade do conhecimento tudo isso é um grande aliado na contemporaneidade, só não podemos nos tornar refém de toda essa inovação. A nova geração já nasce conectada e movida à efervescência das páginas digitais, sempre buscando novidade e um meio de manter essa conectividade em evidencia.

 O século XXI e a globalização nos trouxe essa ferramenta tão ambígua, e tão necessária, o fato é que não podemos nos tornar refém e sim usa-la como uma aliada, sempre dosando seu uso e policiamento constante para não cair nas tentações e armadilhas desse universo infinito de possibilidades.

Imagem ilustrativa

 
 Publicação: Rota 7 RN



sábado, 11 de fevereiro de 2017

FEST BOSSA & JAZZ PODE ACONTECER EM 7 CIDADES DO RN ESTE ANO


O Fest Bossa & Jazz em 2016 manteve as edições de Natal e Pipa, repetiu a dose em São Miguel do Gostoso e estreou no palco de Mossoró. Foi, sem dúvida, o melhor ano em termos de expansão deste que pode ser considerado o maior festival de música com acesso livre no Estado potiguar.
O feito conquistado ano passado se deveu ao patrocínio do RN Sustentável a partir do projeto e da idealização da secretaria estadual de Turismo e da Emprotur, que colaborou para as edições de Natal e Pipa e bancou o festival em Gostoso e Mossoró.
Produtora do Festival, Juçara Figueiredo e a presidente da Emprotur, Aninha Costa
Parte também da Setur a ideia de expandir o festival, em menores proporções, para mais três municípios: Martins, Currais Novos e Serra de São Bento. Ainda serão buscadas parcerias para viabilizar esse projeto e dinamizar o fluxo turístico na baixa temporada.
Ano passado estive presente em Natal, Mossoró e Pipa. Achei um público aquém do esperado na capital, um número razoável para uma estreia em Mossoró, e a maior edição já realizada em Pipa – carro-chefe do festival. Então, não há dúvida que o evento movimenta, sim, a cidade.
E apostar no turismo cultural e apostar também no viés econômico, na economia criativa gerada. Imagine um festival com essa história, com essa marca, com atrações de renome nacional e internacional em uma cidade pouco acostumada aos grandes eventos e pela primeira vez no mapa do Fest Bossa & Jazz.
Tomara que a ideia se concretize. Assim como os também anunciados pela Setur RN, na manhã de hoje, festivais gastronômicos de Pipa, Serra de São Bento, Monte das Gameleiras e Baía Formosa, além do Festival do Camarão em Natal.
E ainda a Mostra de Cinema em São Miguel do Gostoso, uma abertura do verão em Natal, com diversas atrações. e ainda o resgate da tradicional Festa do Caju, na Praia da Redinha, que até tem acontecido nos últimos três ou quatro anos, mas nem perto do glamour das décadas de 60 e 70.

Fonte: Papo Cultura, Por Sérgio Vilar 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Macau, terra do sal

O município de Macau no Rio Grande do Norte originou-se de uma sesmaria doada pelo pai de Jerônimo de Albuquerque (fidalgo nascido no Brasil e falecido em Portugal), possivelmente no princípio do século XVII.
A primeira Macau localizada numa ilha a noroeste da Ponta do Tubarão foi explorada pelo sesmeiro Manoel Gonçalves, depois inundada pelo mar.
Macau-RN

O nome Macau é uma corruptela da palavra chinesa A-ma-ngao, que significa “Abrigo ou Porto da Ama” deusa dos navegantes, o que terminou em Amacau ou Macau. Na verdade o nome é uma alusão à pequena cidade da China, possessão lusitana, que fica na província de Cantão e tinha uma imensa influência no comércio do Extremo-Oriente, num mundo onde Portugal tinha uma política de expansão desde o século XVI, sendo o município citado, uma província lusitana ultramarina. Antes de ser submersa pelas águas partiam da Ilha de Manoel Gonçalves carregamentos de peixes, couro e sal. Nesse período ocorreram saques por parte de embarcações de corsários, o que levou os representantes da Coroa a construírem um fortim para defesa. Na pequena povoação habitavam gente simples e pobre, pescadores e pequenos atravessadores de especiarias, bem como portugueses abastados, precisamente no local onde havia o fortim e as habitações primitivas.

Moinho de Vento, Macau-RN

No ano de 1825, as águas do oceano Atlântico começam a invadir a ilha de Manoel Gonçalves, habitada por portugueses interessados na exploração e no comércio de Sal Marinho. Em 1829, impossibilitado de permanecerem na Ilha, os moradores partiram em busca de outro local, na mesma região. Após a ilha ter sucumbido houve a transferência dos habitantes para Alagamar, embora essa transferência tenha sido gradual, o que sem dúvida representou o início do crescimento da economia com base na exploração das salinas, conjugada à fabricação de velas com cera de carnaúba, queijos e esteiras.


Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Macau/RN

A agradável Ilha descoberta, recebeu o nome de Macau, originário da corruptela da palavra Chinesa  A-ma-ngao, que significa Porto de Ama, a deusa dos navegantes. Com passar do tempo e o desaparecimento completo da Ilha de Manoel Gonçalves, Macau foi crescendo e se desenvolvendo, consolidando-se com o forte povoado às margens do oceano Atlântico, destacando-se como seus fundadores os portugueses Martins Ferreira e seus genros Antônio Joaquim de Souza, Manoel Antônio Fernandes, José Joaquim Fernandes, Manoel Fernandes e o brasileiro João Garcia Valadão, o João da Hora. impulsionada pela grande produção de Sal marinho, a povoado de Macau foi crescendo e no dia 2 de outubro de 1847, de acordo com a Lei nº 158, desmembrando-se de Angicos, tornou-se município do Rio Grande do Norte. Emancipou-se em 09/09/1875 Lei nº 761.


PRINCIPAL ATIVIDADE ECONÔMICA 
As condições naturais dentre as quais o clima, temperatura elevada, pluviosidade reduzida, umidade relativa do ar – 65% a 75%, a configuração do litoral baixo e ventos secos, favoreceu a existência de salinas no Rio Grande do Norte, sobretudo em Macau e em Areia Branca. Na sua produção existe o processo artesanal obtido com a evaporação do sal, exposto ao sol e ao vento e a concentração das águas do mar. Hoje quase todas as salinas são mecanizadas. Parte da produção destina-se aos estados do sul, todavia grande parte da mesma é exportada.
Produção do Sal manualmente


Praias

Praia de Camapum 
Caracterização: praia urbana com águas claras, raras e cristalinas, totalmente urbanizada com calçadão, barracas, bares, restaurantes e pousadas, em processo de erosão, daí o motivo da construção um murro para contenção do avanço do mar. Seu acesso é feito por meio da rua Abelardo de Melo e Estrada da Praia, distante do centro 3,5 km, que só foi possível por volta dos anos 80, já que era considerada como Ilha de Camapum. Com abertura da estrada de Macau a Camapum pelo governador dá época José Agripino Maia. A origem de seu nome vem da vegetação abundante que existia antes de sua urbanização chamado “Camapu”, da família das Solanáceas que produzem bagas comestíveis parecidos com pequenos tomates.
Potencial: turístico e esportivo – jogos na areia: vôley, futebol, esportes náuticos jetski, windsurf e kaitsurf; caminhadas e trilhas ecológicas; e turismo de evento tendo em vista a existência do único Parque de Vaquejada do Brasil na praia.
Praia de Camapum, Macau/RN

Praia de Barreiras
Caracterização: Conhecida desde quando por ali perambulavam os índios Potiguares, quando chamavam o atual rio Tubarão de “Unapatuban” e pelos holandeses que exploraram as salinas do nosso município, em 1640. Em 1818, por ali chegou o capitão Francisco Martins e sua família, se instalando no lugar hoje conhecido por Chico Martins. Comunidade pesqueira com aproximadamente 2000 habitantes, que vieram da Ilha do Tubarão, e sofreu o mesmo processo de erosão da Ilha de Manoel Gonçalves. Tem em torno de 5km de praia de areia barrenta e lençóis de dunas a sudeste do povoado. Sua fonte de economia é a pesca artesanal, possui coqueirais, ricos manguezais e um povo hospitaleiro; tem infra-estrutura básica como água potável, energia elétrica, comunicação convencional, infra-estrutura turística muito precária. Está localizada no litoral norte a cerca de 28km da cidade, com estrada asfaltada.
Barreiras, Macau/RN

Praia de Diogo Lopes
Caracterização: Comunidade iniciada com a fazenda do português Diogo Lopes, há cerca de 280 anos, na mesma época em que Gaspar Lopes fundava o povoado original da cidade de Pedro Avelino (1715). Grande pesqueiro, detentora da maior produção de sardinha “in natura” do Estado, tem em torno de 8km de praias com dunas ainda inexploradas, uma reserva de manguezais ainda totalmente virgem e  sem poluição, belos coqueirais e povo hospitaleiro, possui infra-estrutura básica como água potável, energia elétrica, comunicação telefônica, infra-estrutura turística precária. Está localizada a cerca de 30km da cidade, com estrada asfaltada.
Diogo Lopes, Macau/RN

Praia de Soledade
Caracterização: Praia, pouco habitada, com uma extensão  aproximadamente de 3km de praia com água limpas e cristalinas. Está localizada no litoral norte de Macau a 25km de cidade com estrada asfaltada, lá existe a exploração de petróleo e gás natural pela Petrobrás através de poços terrestres, com estação coletora e oleoduto das plataformas (armazenamento de óleo e gás extraídos de terra e mar).
Soledade, Macau/RN
Mangues
Caracterização: Os mangues macauenses como todo o potencial natural e ecológico surpreende pelo estado de preservação natural. Por conta dessa condição, a fauna e a flora possuem uma grande capacidade de renovação que até algumas salinas artesanais desativadas foram recobertas pela vegetação de mangues. Macau possui uma área de manguezal de 480 hectares segundo fonte  do IBAMA de 1981.

Dunas
Há dunas nas praias de Diogo Lopes, Barreiras e Soledade e também ao longo da margem do Rio Conceição adequadas à exploração do turismo e a contemplação. Os passeios podem ser realizados, observando controle do meio ambiente e com segurança por buggy, a cavalo, jumento e ultraleve. São dunas inexploradas e desabitadas. Uma peculiaridade é a existência de uma comunidade isolada, a de Maxixe, onde vivem praticamente 100 pessoas.
Nas dunas de Diogo Lopes sobressaem-se o Morro do Jardim e o de São Bento que sinalizam para os pescadores quando retornam. No Morro de São Bento foram instalados equipamentos pelos americanos no período de implantação da Petrobrás. Ao longo de toda a costa encontram-se faróis que orientam os navegantes, mas apenas um de maior dimensão, constando em carta de navegação.

Terras Insulares
Ilhas
Macau está centrada na Ilha de Alagamar e em seu entorno localizam-se várias ilhas, destacam-se as urbanizadas como a de Santana, Quixabeira e Casqueira além de outras desabitadas como, Guaxinim,  Paraíso, Mosquito, Presídio, afora as que encontram-se submersas e emergem de acordo com a posição das marés. As ilhas de um modo geral possuem potencial turístico e constituem atrativos contemplativos, podendo ser visitadas por barco, possuem uma vegetação típica de mangues, com exceção de algumas onde predominam dunas. Nelas encontram-se coqueirais e até algarobas.
Fonte: Prefeitura de Macau/RN